El burnout en los profesores que trabajan con multideficientes

Abstract

Con este estudio, pretendemos analizar si los profesores de educación especial cuando afrontan situaciones estresantes durante los cuidados prestados a los niños y niñas con deficiencias en las unidades de apoyo especializado, evidencian síntomas característicos del agotamiento excesivo, el “burnout”; analizando de ese modo, los resultados del estudio estadístico, desvelando dónde se presentan mayores discrepancias a fin de evitarlas. Partimos del presupuesto de que los conceptos relacionados con la insatisfacción con la vida cotidiana, la pérdida de autoestima, el agotamiento emocional o la frustración potencian el espectro del “burnout” en la docencia. Estos presupuestos se fundamentan, por un lado, en una encuesta realizada a cien profesionales de educación especial y a cincuenta profesionales que trabajan en la enseñanza regular (que trabajan además con alumnos con múltiples discapacidades). Por otro lado, se tendrán en cuenta reflexiones de la literatura consultada. Es importante enfatizar que el interés del estudio fue motivado, por un lado, porque consideramos que mejorar la salud de los docentes favorece una mejora de la relación profesor- alumno, repercutiendo así en las condiciones educativas y, por otro lado, por acreditar que es posible en la profesión de docente, el desgaste excesivo resultante del cuidado prestado a alumnos con multideficiencias. En el análisis de los resultados, verificamos que los profesores de educación especial evidencian trastornos característicos del estrés, presentando un elevado agotamiento emocional (46%), niveles medios de despersonalización (43%) y en la realización personal (36%) en relación con el “burnout”. Los resultados en torno al agotamiento emocional, asociados a los profesores de la enseñanza regular, son más elevados aún (63%) así como la despersonalización (53%), junto con una reducción de realización personal (53%). Así, estos resultados son preocupantes en la educación, principalmente en torno de la despersonalización, dimensión que indica un comportamiento marcado por el distanciamiento y actitudes negativas. Por fin, se demuestra que una mayoría de profesores de educación especial, que trabajan con niños con múltiples discapacidades presentan una satisfacción con la vida (61%) así como reflejan una elevada autoestima (86%) contrariamente a los profesores que presentan elevados niveles de insatisfacción (78%) y baja autoestima (68%). Creemos que a pesar de ser atribuido a los profesores de educación especial una gran responsabilidad en la educación de los alumnos con múltiples discapacidades, éstos sienten una gratificación (sobretodo personal) en el apoyo directo a estos alumnos, consiguiendo derrumbar cualquier tipo de obstáculo, teniendo en consideración los recientes cambios en las escuelas que han hecho efectiva la inclusión de alumnos con múltiples discapacidades.

In this study we want to analyze whether the special education teachers, when facing stressful situations in caring for children with multiple disabilities, specialized support units, evidenced characteristic symptoms of excessive exhaustion (burnout). When analyzing the results of the statistical study, we intend to investigate where the teachers have the highest discrepancies so that they can be avoided. We assume that the concepts related with dissatisfaction with life, loss of selfesteem and emotional exhaustion, depersonalization and lack of personal accomplishment, potentiates the onset of burnout in the teaching profession, which is becoming more taxing. These assumptions are based on a questionnaire given by us to hundred special education professionals and fifty professionals working with multihandicapped students in regular education and include the reflection of the literature about the stat of the art. It should be noted that the interest in this study was motivated, first, because we believe that improving the health status of teachers provides a more appropriate relationship between teacher and student, which is reflected in the educational conditions and, secondly, because we believe that is possible, in the teaching profession, an excessive wear resulting from care provided to the multi-handicapped student. In analyzing the results we have found that special education teachers evidenced characteristic stress disorders, with a high emotional exhaustion (46%), average levels in depersonalization (43%) and personal accomplishment (36%) in relation to burnout. Regarding the same parameters, regular teachers had higher values of emotional exhaustion (63%) and depersonalization (53%) and reduced personal accomplishment (53%). These results are of concern in education, especially with regard to the depersonalization dimension that points to a behavior marked by detachment and negative attitudes. Finally, it was found that the majority of special education teachers who work with multi-handicapped children were satisfied with life (61%) and showed high selfesteem (87%) unlike the other teachers who had high levels of dissatisfaction (78%) and low self-esteem (62%). We believe that despite to the special education teachers be assigned a great responsibility in the education of multi-handicapped students, they receive reward in personal terms from direct support to these students and drop any kind of obstacles, even when in the recent changes within the schools are geared focused on the effective inclusion of students with multiple disabilities in regular education.

Neste estudo pretendermos analisar se os professores de educação especial no enfrentamento de situações stressantes nos cuidados prestados às crianças com multideficiência, nas unidades de apoio especializado, evidenciavam sintomas característicos do esgotamento excessivo, o burnout, e ao analisar os resultados do estudo estatístico, descobrir onde estes apresentam as maiores discrepâncias a fim de os evitar. Partimos do pressuposto que os conceitos relacionados com a insatisfação com a vida, a perda da autoestima bem como a exaustão emocional, a despersonalização ou a falta de realização pessoal potenciam o aparecimento do burnout na profissão docente, que é cada vez mais desgastante. Estes pressupostos fundamentam-se num questionário, por nós entregue aos cem profissionais de educação especial e aos cinquenta profissionais que no ensino regular trabalhavam com alunos multideficientes e na reflexão da literatura consultada. Cabe aqui notar que o interesse no estudo foi motivado, de um lado, por considerarmos que o melhoramento da saúde docente vem a propiciar um relacionamento entre professor-aluno mais adequado, vindo a se refletir nas condições educacionais e, de outro lado, por acreditarmos ser possível, na profissão docente, o desgaste excessivo resultante do cuidado prestado ao aluno multideficiente. Na análise dos resultados verificámos que os professores de educação especial evidenciavam transtornos característicos do stress, apresentando elevada exaustão emocional (46%), níveis médios na despersonalização (43%) e na realização pessoal (36%) em relação ao burnout. Relativamente aos professores do ensino regular estes apresentavam valores mais elevados de exaustão emocional (63%) e de despersonalização (53%) e reduzida realização pessoal (53%). Estes resultados são preocupantes na educação, principalmente no que diz respeito à despersonalização, dimensão que aponta para um comportamento marcado pelo distanciamento e atitudes negativas. Por fim, constatou-se uma a maioria dos professores de educação especial que trabalham com crianças multideficientes apresentam estarem satisfeitos com a vida (61%) e revelam elevada autoestima (87%) contrariamente aos outros professores que apresentam elevados níveis de insatisfação (78%) e reduzida autoestima (62%). Acreditamos que apesar de ser atribuído aos professores de educação especial grande responsabilidade na educação dos alunos multideficientes, eles recebem gratificação em termos pessoais no seu apoio direto a estes alunos que derrubam qualquer tipo de obstáculos, apesar das recentes mudanças no âmbito das escolas voltadas para a efetiva inclusão dos alunos com multideficiência.