Bem-estar psicossocial e utilização problemática de Internet numa amostra de estudantes dos ensinos básico e secundário

Abstract

La gran mayoría de las personas utiliza Internet de forma saludable. Existe, no obstante, un grupo reducido de usuarios que presentan un Uso Problemático de Internet (UPI) con consecuencias psicológicas, sociales, académicas y/o profesionales. Algunos estudios hallaron evidencia de una asociación entre el UPI y algunas variables de bienestar psicosocial. La utilización que se hace de esta tecnología requiere una mayor atención cuando se trata de niños y adolescentes sobre todo si puede causar problemas o interferir en el día a día de los mismos. En este trabajo, nos propusimos conocer los padrones de utilización de Internet de una muestra de estudiantes del Algarve, identificar el posible uso problemático que realizan de la misma y analizar en qué medida las variables de bienestar psicosocial contribuyen para explicar el UPI y las consecuencias negativas derivadas de la utilización de Internet. Participaron en este estudio 123 alumnos de ESO y Bachillerato, la mayoría (60%) de sexo masculino. La media de edades fue de 16,51 años (DP = 1.72). Todos los participantes cumplimentaron inventarios de patrones de utilización de Internet, ansiedad social, autoestima, depresión y UPI. Los resultados mostraron que solamente el 1,6% de los estudiantes realizaba un uso problemático de Internet y que, tanto la autoestima como la ansiedad social explicaban de forma significativa el UPI (con el 23,3% y el 30,8% de diferencia, respectivamente). Estos resultados proporcionan apoyo empírico a favor del modelo Cognitivo-conductual de Davis (2001) que considera una autoestima baja y la ansiedad social como causas necesarias para el uso problemático de Internet

Most people use the Internet in a healthy way. There is, however, a small group of users who present a Problematic Use of the Internet (UPI) with psychological, social, academic and / or professional consequences. Some studies found evidence of an association between ICU and some variables of psychosocial well-being. The use made of this technology requires greater attention when it comes to children and adolescents, especially if it can cause problems or interfere with their day-to-day life. In this paper, we set out to know the patterns of Internet use of a sample of students in the Algarve, identify the possible problematic use they make of it and analyze to what extent the variables of psychosocial well-being contribute to explain the UPI and the negative consequences derived from the use of the Internet. A total of 123 ESO and Baccalaureate students participated in this study, the majority (60%) male. The mean age was 16.51 years (SD = 1.72). All participants completed inventories of Internet usage patterns, social anxiety, self-esteem, depression, and UPI. The results showed that only 1.6% of the students made problematic use of the Internet and that both self-esteem and social anxiety significantly explained the UPI (with 23.3% and 30.8% difference, respectively). These results provide empirical support in favor of the Cognitive-behavioral model of Davis (2001) that considers low self-esteem and social anxiety as necessary causes for problematic Internet use.

A grande maioria das pessoas utiliza a Internet de forma saudável. Existe, no entanto, um pequeno grupo de utilizadores que apresentam um Uso Problemático da Internet (UPI) com consequências psicológicas, sociais, académicas e/ou profissionais. Alguns estudos encontraram evidências de associação entre UTI e algumas variáveis de bem-estar psicossocial. O uso feito desta tecnologia requer maior atenção quando se trata de crianças e adolescentes, especialmente se pode causar problemas ou interferir no seu dia-a-dia. Neste artigo, procurou-se conhecer os padrões de utilização da Internet de uma amostra de estudantes no Algarve, identificar o possível uso problemático que fazem dela e analisar em que medida as variáveis de bem-estar psicossocial contribuem para explicar a UPI e as consequências negativas derivadas do uso da Internet. Participaram neste estudo 123 estudantes do ESO e do Baccalauréat, a maioria (60%) do sexo masculino. A média de idade foi de 16,51 anos (DP = 1,72). Todos os participantes completaram inventários de padrões de uso da Internet, ansiedade social, autoestima, depressão e UPI. Os resultados mostraram que apenas 1,6% dos estudantes fizeram uso problemático da Internet e que tanto a autoestima quanto a ansiedade social explicaram significativamente a UPI (com 23,3% e 30,8% de diferença, respectivamente). Estes resultados fornecem suporte empírico a favor do modelo cognitivo-comportamental de Davis (2001) que considera a baixa autoestima e a ansiedade social como causas necessárias para o uso problemático da Internet.