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http://hdl.handle.net/10662/17544
Títulos: | Crimes sexuais envolvendo crianças na comarca de Ribeirão Preto (Brasil) ao longo do Século XX. Duplicidade da queixa infantil |
Otros títulos: | Delitos sexuales que involucran a niños en la región de Ribeirão Preto (Brasil) a lo largo del Siglo XX. Duplicidad de denuncias infantiles |
Autores/as: | Tilio, Rafael de Caldana, Regina Helena Lima |
Palabras clave: | Crianças;Infância;Crimes sexuais;Ribeirão Preto (Brasil);Niños;Infancia;Delitos sexuales;Children;Infancy;Sex crimes |
Fecha de publicación: | 2008 |
Editor/a: | Asociación INFAD Universidad de Extremadura |
Resumen: | Se considera que en Brasil a lo largo del siglo XIX y principios del XX, la transformación de la visión del niño como un adulto en miniatura (en prácticas y responsabilidades) en la de infante según las concepciones de Ariès, es decir: Blanco de nuevas prácticas y sentimientos dirigidos a su protección creciente y constante, fruto de transformaciones culturales y familiares que acentúan la diferenciación entre el mundo del adulto y el del niño. Sin embargo, este cambio no alcanzó cronológica ni homogéneamente los diferentes estratos sociales y los discursos sobre el niño/infancia como fue evidenciado en la lectura de 83 documentos judiciales (investigaciones y procesos policiales) de delitos sexuales.
Los hijos (menores de 14 años) como víctimas determinadas por la Justicia del distrito de Ribeirão Preto entre las décadas de 1870 y 1970, vemos que solo a principios de la década de 1940 los involucrados en el documentos (acusados, víctimas, testigos, secretarios, delegados, peritos, abogados, fiscales y jueces) se refieren a esta diferenciación, incorporando argumentos principalmente del ámbito médico para maximizar el daño sufrido por estas víctimas. Afirman que las penas para los acusados deben ser severas debido a que el niño-víctima está “en desarrollo”, cuyo daño iría más allá del cuerpo físico y alcanzaría irreversiblemente su desarrollo moral/psicológico, esto último no les sucede a las víctimas adultos.Paradójicamente, la defensa utiliza esta misma noción de infancia para impugnar la acusación: Si “en desarrollo” no distinguiría efectivamente la realidad de la fantasía,su queja podría ser inventada. Es en este choque donde se produce la verosimilitud de la denuncia y la figura del niño-infante en la violencia sexual.
Este artículo está basado en partes de la tesis de maestría (“Matrimonio y sexualidad en procesos judiciales e investigaciones policiales en la Comarca de Ribeirão Preto [1871-1942]: Concepciones, prácticas y valores”) y la tesis doctoral (“Delitos sexuales en Ribeirão Preto [1942-1979]: Implicados e implicados en la búsqueda de la Justicia”) de Rafael de Tilio bajo la dirección de la Prof. Regina Helena Lima Caldana. Esta última investigación está en curso y cuenta con la colaboración de FAPESP (Fundación de Apoyo a la Investigación del Estado de São Paulo). It is considered that in Brazil between the XIX century and the beginning of the XX century was established the transformation of the vision of the child as adult in miniature (in practices and responsibilities) in infant according to conceptions of Ariès, that is: target of new practices and feelings aiming its increasing and constant protection, fruit of cultural and familiar transformations that accent the differentiation between the worlds adult and infantile. However, this change didn’t reach chronologically or homogenously the diverse social stratus and the speeches about child/infancy: as we evidenced after read 83 judicial documents (police inquests and processes) of sexual crimes having children (lesser of 14 years) as victims in the judicial district of Ribeirão Preto between 1870 and 1970 decades, we see that only in the beginning of the 1940 decade the involved ones in documents (accused, victims, witnesses, scrivener, commission agents, connoisseurs, lawyers, attorney-general and judges) related this differentiation, incorporating medical arguments to maximize the damages suffered for these victims. They allege that the punishments to offenders must be severe for the fact of the childvictim to be "in development", whose damage would surpass the physical body and reach in irreversible way its moral/psychological development – this last one not occurring to the adult victims. Paradoxically the defense uses this same notion of infancy to contest the accusation: if "in development" it would not efficiently distinguish reality from the fancy, and its complaint could be invented. It is in this shock that the probable true of the complaint and the figure of child-infant in the sexual violence are construct. Considera-se que no Brasil ao longo do século XIX e início do XX sedimentou-se a transformação da visão da criança como adulto em miniatura (em práticas e responsabilidades) na de infante segundo concepções de Ariès, isto é: alvo de novas práticas e sentimentos visando sua proteção crescente e constante, fruto de transformações culturais e familiares que acentuam a diferenciação entre os mundos adulto e infantil. Contudo, esta mudança não atingiu cronológica nem homogeneamente os diversos estratos sociais e os discursos sobre a criança/infância: como constatamos na leitura de 83 documentos judiciais (inquéritos policiais e processos) de crimes sexuais tendo crianças (menores de 14 anos) como vítimas apurados pela Justiça da comarca de Ribeirão Preto entre as décadas de 1870 e 1970, vemos que somente no início da década de 1940 os envolvidos nos documentos (acusados, vítimas, testemunhas, escrivãos, delegados, peritos, advogados, promotores e juízes) referem esta diferenciação, incorporando argumentos principalmente da área médica para maximizar os danos sofridos por estas vítimas. Alegam que as punições aos acusados devem ser severas pelo fato da criança-vítima estar “em desenvolvimento”, cujo dano extrapolaria o corpo físico e atingiría de maneira irreversível seu desenvolvimento moral/psicológico – este último não sucedendo às vítimas adultas. Paradoxalmente a defesa utiliza esta mesma noção de infância para contestar a acusação: se “em desenvolvimento” não distinguiria eficazmente realidade da fantasia, podendo ser sua queixa inventada. É neste embate que se constrói a verossimilhança da queixa e a figura da criança-infante na violência sexual. Este artigo está baseado em partes da dissertação de mestrado (“Casamento e sexualidade em processos judiciais e inquéritos policiais na Comarca de Ribeirão Preto [1871-1942]: concepções, práticas e valores”) e da tese de doutoramento (“Crimes sexuais em Ribeirão Preto [1942-1979]: envolvidos e envolvimento na busca pela Justiça”) de Rafael de Tilio sob orientação da Profª Drª Regina Helena Lima Caldana. Esta última pesquisa está em andamento e conta com a colaboração da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). |
URI: | http://hdl.handle.net/10662/17544 |
ISSN: | 0214-9877 |
Colección: | Revista INFAD 2008 Nº 1, Vol. 4 |
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