Herdar, possuir, fluir: as diferentes formas de administrar bens a partir da literatura tardoantiga (séculos IV e V d.C.)

Abstract

É possível encontrar no corpus epistolar de Jerônimo de Estridão, bem como em outros documentos literários existentes entre os séculos IV e V d.C., uma série de informações relacionadas ao fluxo de riqueza de diversos membros da elite no Império Romano tardoantigo. Nesse sentido, vendas, compras e trocas de bens foram assuntos mobilizados em vários momentos pelo chamado monge do deserto, em correspondências diversas e envolvendo diferentes indivíduos. Dito isso, o objetivo do presente artigo é apresentar diferentes modalidades de gerenciamento de bens, com foco na diferença entre dissipação e dilapidação patrimonial, partindo da perspectiva de gênero e do método da História Cruzada.

It is possible to find in the epistolary corpus of Jerome of Stridon, as well as in other literary documents from the 4th and 5th centuries AD, a series of information related to the flow of wealth amongst various members of the elite in the Late Roman Empire. In this context, sales, purchases, and exchanges of goods were discussed at various times by the so-called desert monk in his correspondences, involving a wide range of people. Therefore, the aim of this article is to present different modes of property management, focusing on the difference between dissipation and dilapidation of assets, from the perspective of gender and the of Crusader History.

Es posible encontrar en el corpus epistolar de Jerónimo de Estridón, así como en otros documentos literarios existentes entre los siglos IV y V d.C., una serie de informaciones relativas al flujo de riqueza de diversos miembros de la élite en el Imperio Romano tardoantiguo. En este sentido, ventas, compras e intercambios de bienes fueron asuntos tratados en varios momentos por el llamado monje del desierto en correspondencias diversas e implicaron a diferentes individuos. Dicho esto, el objetivo del presente artículo es presentar diferentes modalidades de administración de bienes, con el foco en la diferencia entre disipación y la dilapidación patrimonial, partiendo de la perspectiva de género y del método de la historia cruzada.