Impacto cognitivo do Ensino Superior

Abstract

La literatura muestra un impacto positivo de asistir a la Educación Superior en el desarrollo cognitivo. Así, se realizó un estudio longitudinal (con tres evaluaciones anuales) con 210 estudiantes de IPV y se analizó la medida en que se produjeron cambios en dos tipos de variables cognitivas (pensamiento, según el modelo de Perry y razonamiento), evaluadas por las subescalas del IDCP Educación y Carrera, versión portuguesa de Ferreira y Bastos (1995) y pruebas de razonamiento numérico y verbal PARC de Almeida y Ribeiro (1996). En general, los estudiantes mejoran sus niveles de razonamiento verbal y numérico, a lo largo de los tres momentos de medición (T1, T2 y T3), aunque con diferentes puntos de inicio y finalización, favorables al razonamiento verbal. El patrón de evolución de los índices de pensamiento sigue un camino distinto, retrocediendo entre T1 y T2, para luego registrar un aumento, durante el segundo período de tiempo, aunque insuficiente para compensar las pérdidas. No creemos en una pérdida de capacidad cognitiva, sino en un cambio en las formas y procesos cognitivos utilizados, dadas las exigencias del contexto. En efecto, parece posible resaltar la necesidad de reflexionar sobre las formas de organización de la Educación Superior que pretenden favorecer y promover el desarrollo cognitivo de los estudiantes.

Literature evidences a positive impact of Higher Education in the cognitive development. The longitudinal (with three annual evaluations) study here presented, with 210 students of the IPV (Portugal), intends to investigate the effect size in two types of cognitive variables (thought, according to model of Perry, and reasoning). We used the Portuguese version (Ferreira & Bastos, 1995) of PCDI’s Education and Career subscales and tests on Verbal Reasoning (RV) and Numeric (RN), from PARC (Evaluation and Cognitive Realization Tests), build up and validated by Almeida and Ribeiro (1966). Generically, the students improve their levels of verbal and numerical reasoning, throughout the three moments of measurement (T1, T2 and T3), despite with different starting and arrival points, favourable to the verbal reasoning. The evolution of the thought indices follows a distinct pattern: regression between T1 and T2 and than a slight increase that is not enough to compensate the losses. We do not believe a loss of cognitive capacity, instead a change in the used forms and cognitive processes, face to the requirements of the context. So, we must reflect on the forms of organization of Higher Education, if the intend is to improve the student’s cognitive development.

A literatura evidencia um impacto positivo da frequência do Ensino Superior, no desenvolvimento cognitivo. Assim, realizou-se um estudo longitudinal (com três avaliações anuais) com 210 alunos do IPV e verificou-se em que medida ocorriam mudanças em dois tipos de variáveis cognitivas (pensamento, segundo o modelo de Perry e raciocínio), avaliadas pelas subescalas de Educação e Carreira do IDCP, versão portuguesa de Ferreira e Bastos (1995) e provas de raciocínio numérico e verbal da PARC, de Almeida e Ribeiro (1996). Genericamente, os alunos melhoram os seus níveis de raciocínio verbal e numérico, ao longo dos três momentos de medição (T1, T2 e T3), ainda que com pontos de partida e chegada diferentes, favoráveis ao raciocínio verbal. O padrão de evolução dos índices de pensamento segue um traçado distinto, de regressão entre T1 e T2, para depois registar uma subida, durante o segundo período temporal, ainda que insuficiente para compensar as perdas. Não acreditamos numa perda de capacidade cognitiva, antes numa mudança nas formas e procesos cognitivos utilizados, face às exigências do contexto. Com efeito, parece poder evidenciar-se a necessidade de reflectir sobre as formas de organização do Ensino Superior que se pretendem favoráveis e impulsionadoras do desenvolvimento cognitivo dos alunos.