O luto no ciclo de vida: Para uma compreensão aprofundada do fenómeno no contexto da saúde

Abstract

El duelo constituye una reacción a la privación y la pérdida (Parkes, 1998 en Rebelo, 2005), lo que puede conducir a una dificultad en el involucramiento e integración social, traduciéndose así en un obstáculo para el curso del sano desarrollo de su proceso (Young & Papadatou, 2003). Este trabajo se centrará en comprender el duelo desde una perspectiva evolutiva a nivel individual, familiar y sociocultural y en promover la emergencia de este fenómeno como algo materializable e inherente al ciclo vital. Este proceso es vivido de manera única por cada individuo, sistema familiar y contexto sociocultural (Rosenblatt, Walsh, & Jackson, 1976; Rosenblatt, 1983), ya que la muerte interrumpe el curso natural del ciclo vital e inicia una crisis que lleva a la reconstrucción de una identidad tanto en términos de roles y funciones, como a la gestión compartida de emociones intensas. En este contexto, es necesario crear nuevas estrategias para poder dar respuesta a las necesidades individuales y familiares de los dolientes (Shapiro, 1995), para prevenir problemas psicológicos con posibles daños mentales y somáticos que pueden derivarse de las dificultades para lidiar con las etapas del proceso de duelo (Parkes, 1998; Worden, 1989 en Rebelo, 2005). Valorar el duelo como un fenómeno intrínseco del ciclo vital y su prevención primaria puede permitir a las personas en duelo mantener la capacidad de dar respuestas adaptativas familiares, sociales y laborales.

Grief is a reaction to the privations and to the loss. It may lead to a more difficult social involvement and integration and it may represent an obstacle to the course of the healthy development of its process. This process is lived in a unique way by each individual, family system and socio-cultural context, since death breaks off the natural course of the life cycle and initiates a crisis which leads to the reconstruction of an identity in what concerns roles and functions, as well as shared management of intense emotions. This being the case, new strategies need to be created, so we can provide to the individual and family needs of the grievers, in order to prevent the psychological problems with eventual mental and somatic damage, which may follow the difficulties inherent to the process. Thus, we intend to implement a cognitive-narrative program [CNP] in grief. The objectives are: Validating the program intervention; quantitatively and qualitatively comparing the demographic data and psychotraumatic symptoms intra and intergroups and evaluating the intervention effects on the experimental group. The evaluation phases are divided in three moments: 1-2 months, 6 months and 13 months after death, through three instruments (Beck Depression Inventory; Impact of Event Scale-Revised; and Zung Anxiety Scale). After the first evaluation, the [CNP] is implemented in the experimental group. The program is structured in four sessions (with aproximately 60 minutes) and includes a specific work on each one of them: Remembrance, Emotional and Cognitive Subjectivation, Metaphorization and Projection. With this research, we intend to value the grief as a phenomenon intrinsic to the life cycle and its primary prevention, through achieving significative improvement in the experimental group, as it concerns the construction of more suitable and coherent narratives, and thus promoting resilience. It is also expected that the program contributes to a wider and more effective intervention in grief.

O luto constitui uma reacção à privação e à perda (Parkes, 1998 in Rebelo, 2005), podendo conduzir à dificuldade de envolvimento e integração social, e traduzir-se assim num obstáculo ao curso do desenvolvimento saudável do seu processo (Young & Papadatou, 2003). O presente trabalho incidirá na compreensão do luto numa perspectiva desenvolvimental a nível individual, familiar e sócio-cultural e na promoção da emergência deste fenómeno enquanto algo materializável e inerente ao ciclo de vida. Este processo é vivenciado de forma única por cada indivíduo, sistema familiar e contexto sócio-cultural (Rosenblatt, Walsh, & Jackson, 1976; Rosenblatt, 1983), uma vez que a morte interrompe o natural curso do ciclo de vida e inicia uma crise que conduz à reconstrução de uma identidade tanto ao nível de papéis como de funções, assim como à gestão compartilhada de emoções intensas. Neste âmbito, novas estratégias precisam de ser criadas para se conseguir responder às necesidades individuais e familiares dos enlutados (Shapiro, 1995), no sentido de prevenir os problemas psicológicos com possível dano mental e somático que possam advir de dificuldades em lidar com as fases do processo (Parkes, 1998; Worden, 1989 in Rebelo, 2005). Valorizar o luto enquanto fenómeno intrínseco ao ciclo de vida e a sua prevenção primária poderá permitir que os indivíduos enlutados mantenham a capacidade de dar respostas familiares, sociais e de trabalho adaptativas.